terça-feira, 6 de setembro de 2016

A volta das grandes pescarias no Pantanal


ESTE ESPAÇO É SOBRE PESCA, PESCADORES, TUBARÕES, PÁSSAROS,  PASSARINHEIROS E OUTRAS FERAS…
O Pantanal deixou de render pescarias inesquecíveis há muito tempo, mas continua na memória e no coração de muitos pescadores. Até o ano 2000, a pesca predatória chegava a retirar anualmente 3.000 toneladas de peixe dos rios pantaneiros.  Medidas oficiais a partir daquele ano reduziram em quatro vezes esse volume. Porém, a maioria dos pescadores que visitaram o Pantanal nos últimos anos afirmaram que só encontraram piranhas e jacarés na grande planície alagada. Se antes os dourados podiam beirar os 15 kg, hoje pescar um de 8 vira motivo de festa entre os pescadores. O cenário continua lindo, embora tenha sofrido com ações predatórias por conta da pecuária, da agricultura, da carvoaria e do garimpo. O problema da pesca para os pescadores profissionais e amadores é um só: faltam peixes!. Aonde eles foram? Por que diminuíram tanto?  Respostas não faltam. 70% do peixe que sai dos rios pantaneiros é ilegal. A fiscalização é ineficiente. A pesca predatória praticada por profissionais e amadores que desrespeitam cotas e até vendem pescado é considerada a principal vilã. Alguns jogam a culpa nos jacarés, que viraram “praga”, (estima-se que existam 37 milhões de jacarés na região) esses animais comem dezenas de quilos de peixe por dia e não podem ser abatidos por moradores e caçadores. O homem é assim mesmo. É mais fácil apontar o dedo para o Jacaré do que apontar para o espelho…

AS BOAS PESCARIAS DO PANTANAL ESTÃO VOLTANDO

Amigos pescadores que estiveram recentemente no Pantanal afirmaram que bons peixes estão aparecendo na ponta da linha e rendendo boas brigas.
Nos últimos dois anos a quantidade de dourados encontrados no Rio Cuiabá vem aumentando (foram capturados espécimens de 10 kg). Sem dúvida, Isso deve-se à proibição da pesca predatória dessa espécie em 2013 no estado do Mato Grosso.
O Rio Piquiri, um dos afluentes do Rio Cuiabá, é o único rio da Região Pantaneira onde se encontra o Tucunaré-azul (os espécimens encontrados atingem cerca de 2 kg)
 ALERTA: CONTINUA A SOBREPESCA NO PANTANAL!
Um problema grave é que toda a riqueza aquática está ameaçada. Continua existindo uma sobrepesca no Rio Paraguai. Durante o dia ocorre uma intensa atividade de pesca turística e durante à noite, os pescadores profissionais.
Não esqueça! Peixes cultivados são para o consumo. Peixes nativos são para a subsistência das populações ribeirinhas e para a pesca esportiva. Lembrando que o importante é pescar e soltar sempre!
UM LUGAR ÚNICO
Com 210 mil quilômetros de extensão, o Pantanal é a maior planície inundável do mundo. Cerca de 70% dela está no Brasil. A paisagem mistura elementos do Cerrado, da Amazônia e da Caatinga.
O PODEROSO RIO PARAGUAI
O Rio Paraguai nasce na Chapada dos Parecis (MT) e percorre 2.600 quilômetros até desembocar no Rio Paraná. Até a década de 50, era o único meio de sair do Pantanal. Hoje, continua sendo o único canal por onde escoa toda a água que inunda a planície.

PEIXES TÍPICOS DA REGIÃO PANTANEIRA
Jaús, Pintados, Cacharas, Barbados, Palmitos (esses peixes de couro geralmente são pescados “na rodada” ou com o barco parado).
Os 175 rios que cortam o Pantanal e formam a Bacia do Paraguai estão entre os mais piscosos do mundo. Porém, o Pantanal não é um viveiro inesgotável e pode ser atingido também por agressões ambientais cometidas em suas vizinhanças. O desmatamento indiscriminado para a plantação de soja no planalto que cerca o Pantanal, por exemplo, entupiu o leito de rios com sedimentos, afetando a pesca e a navegação. O Rio Taquari foi o que mais sofreu, passando em certos trechos de uma profundidade de 30 metros para apenas quatro. Das plantações do planalto as águas trouxeram ainda agrotóxicos, dos garimpos de ouro, concentrados na região de Poconé (MT), ao norte, um veneno ainda maior: o mercúrio. O mercúrio pode constituir uma grave ameaça à biodiversidade dos ecossistemas aquáticos do Pantanal, já que ele pode afetar o crescimento, o comportamento e o sucesso reprodutivo dos peixes.
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 JACARÉ-DO-PANTANAL
Quase inofensivo ao ser humano, o Jacaré-do-Pantanal atinge 2,5 metros de comprimento e alimenta-se de peixes (é o maior predador da Piranha).

TROFÉU DE PESCA
Bonito, forte, brigador, saltador… este é o Dourado.
É um dos peixes mais rápidos dos nossos rios, e por isso é também um dos mais cobiçados pelos pescadores esportivos que visitam o Pantanal Mato-Grossense.


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